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Filipe Martins diz ter sido usado de bode expiatório por Mauro Cid

Filipe Martins nega envolvimento em suposto esquema golpista e se defende em depoimento, alegando ter sido alvo de uma delação tendenciosa de Mauro Cid. O ex-assessor contesta as evidências apresentadas e diz ter sofrido restrições que o impediram de se manifestar publicamente durante quase dois anos.

Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, se disse na quinta-feira (24) um bode expiatório na delação de Mauro Cid, que implicou Martins em uma suposta trama golpista.

Cid o acusou de ter apresentado uma minuta de decreto golpista em reunião com Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas no dia 7 de dezembro. Martins, em depoimento de mais de quatro horas, contestou a credibilidade de Cid, citando pareceres da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) que levantaram dúvidas sobre sua versão dos fatos.

“Eu nunca estive nessa reunião”, afirmou Martins, que estava sendo interrogado como um dos seis réus do núcleo 2 da suposta trama golpista. As penas para os réus podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Os depoimentos estão sendo transmitidos ao vivo e são presididos pelo juiz auxiliar Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Martins se desculpou por precisar de tempo para se defender e reclamou de ter sido censurado por dois anos, sem poder se manifestar publicamente. Ele negou presença no Palácio da Alvorada no dia da reunião, apresentando documentos que contradizem as alegações.

O general Freire Gomes, testemunha do caso, confirmou que Martins não estava presente na reunião. Martins argumentou que a PGR desconsiderou dúvidas sobre a sua presença ao elaborar a denúncia.

Ele também reclamou da prisão preventiva de mais de seis meses, deflagrada por uma suposta intenção de fuga, e que foi contestada por outros envolvidos, incluindo o embaixador André Chermont.

A defesa de Martins alega que a PF agiu de forma seletiva, ignorando provas que demonstravam sua inocência.

Reportagem produzida com auxílio de IA e Agência Brasil

Publicado por Fernando Dias

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