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Filha de Gisèle Pelicot expõe dor de descobrir que pai estuprava mãe

Gisèle Pelicot, vítima de abuso e submissão química pelo próprio marido, ousa denunciar seus horrores em busca de justiça e conscientização. A narrativa angustiante de sua filha retrata a luta de uma mulher que se tornou símbolo de resistência e coragem diante do trauma.

Gisèle Pelicot, agora com 72 anos, foi drogada e abusada pelo próprio marido, Dominique, que a oferecia inconsciente para ser estuprada por homens recrutados online.

Os crimes ocorreram entre julho de 2011 e outubro de 2020 em Paris e Mazan. Dominique usava um coquetel de drogas para assegurar que Gisèle não se lembrasse dos abusos.

Tudo foi descoberto após a detenção de Dominique por tentar filmar mulheres. A polícia, ao analisar seu celular, encontrou mais de 20 mil fotos e vídeos de Gisèle sendo abusada por ao menos 70 homens.

Gisèle decidiu tornar o processo judicial público para dar voz a outras vítimas. O relato brutal é narrado pela filha, sob o pseudônimo Caroline Darian, que escreveu o livro "Eu Nunca Mais Vou te Chamar de Pai".

Caroline reconstrói sua incredulidade inicial e apresenta, em lágrimas, a revelação de que ela também pode ter sido uma vítima do pai. O livro reflete sobre identidade e luto, enquanto Dominique foi condenado a 20 anos de prisão.

Mesmo com sequelas físicas e psicológicas, Gisèle se mantém como um símbolo de resistência. Sua coragem transforma a vergonha em um estigma contra o verdadeiro algoz.

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