Fiesp sai da briga entre CSN e Ternium
Fiesp decide se retirar de ação no STF sobre OPA da Ternium na Usiminas após consulta a associados. A federação agora se desvia de um debate que gera insegurança jurídica nas operações de fusões e aquisições.
Fiesp se retira como amicus curiae do processo no STF sobre a OPA da Ternium na Usiminas.
A Fiesp, que anteriormente apoiava a CSN, desistiu de sua posição após reunião com associados e sindicatos no dia 9 de junho.
Os associados decidiram a retirada devido à insegurança jurídica que a questão poderia provocar, contradizendo a manifestação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que dispensou a OPA por entender que não houve troca de controle.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.714 foi movida pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), apoiando a visão da Ternium, contrária à OPA.
A CSN contesta a Ternium, alegando que deveria ter realizado uma OPA para os demais acionistas e pagar o tag along.
Em 2011, a Ternium adquiriu 27,7% da Usiminas de Camargo Corrêa e Votorantim. A CSN conseguiu uma indenização de R$ 3,1 bilhões contra a Ternium no STJ.
Em setembro, a AEB recorreu ao STF, contando com apoio de várias entidades, e aguarda a manifestação da Procuradoria-Geral da República para o julgamento da ação, que agora é relatada pelo ministro André Mendonça.
A Fiesp não comentou o assunto até a publicação da reportagem.