Feriado nos EUA e aumento do IOF derruba liquidez da bolsa do Brasil ao menor nível em um ano
Nova política de IOF levanta preocupações sobre a estabilidade do mercado local. Apesar de resultados positivos em comparação a outros mercados emergentes, a cautela dos investidores pode afetar o fluxo de capital estrangeiro.
Nova política de IOF pode comprometer o equilíbrio do mercado local e acelerar o ciclo de alívios nos juros.
Nesta segunda (26), o feriado do Memorial Day fechou as bolsas em Nova York, resultando em baixa movimentação na bolsa brasileira.
O Ibovespa teve o menor giro financeiro em um ano, movimentando R$ 7,9 bilhões, abaixo da média diária de R$ 16,5 bilhões.
No último Memorial Day, em 2024, a movimentação foi de R$ 7,4 bilhões. Sem investidores estrangeiros, o mercado local estaria ainda mais esvaziado.
O Ibovespa fechou em alta de 0,23%, aos 138.136 pontos. Em maio, acumula ganhos de 2,27% e, no ano, alta de 14,84%.
O Brasil é o mercado emergente com melhor desempenho em 2025, superando outros grandes mercados globais. O ETF MSCI Brazil valorizou-se 22,8% desde o início do ano.
Comparativamente, os mercados da China, Índia, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Tailândia e Taiwan mostraram variações entre perdas de até 4% e ganhos acima de 16%.
No entanto, a nova medida para o IOF pode desencadear uma penalização nos ativos domésticos, mesmo com cortes na Selic se aproximando.
A assimetria resultante pode descorrelacionar os movimentos entre futuros de juros, o real e o Ibovespa.
O dólar comercial subiu 0,52%, fechando a R$ 5,68. Em maio, o dólar está estável e, no ano, já se desvalorizou mais de 8%.
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