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Fazenda rechaça correção total da tabela do Imposto de Renda: ‘Custaria mais de R$ 100 bilhões’

Reforma do Imposto de Renda propõe isenção para rendas até R$ 5 mil e ajustes limitados para evitar impacto fiscal elevado. Com as mudanças, cerca de 10 milhões de contribuintes poderão ficar livres da cobrança a partir de 2026.

Proposta de reforma do Imposto de Renda foi apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional.

As principais mudanças incluem:

  • Ampliação da faixa de isenção para rendas de até R$ 5.000 mensais.
  • Redução da alíquota para quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.000.
  • Rendas acima de R$ 7.000 não sofrerão alterações.

O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, explicou que corrigir toda a tabela do IR é inviável e custaria mais de R$ 100 bilhões.

A proposta é uma prioridade do Executivo e visa que, a partir de 2026, cerca de 10 milhões de contribuintes estejam isentos do IR. Atualmente, a isenção se aplica apenas a quem ganha até R$ 2.824.

Dados do Dieese mostram que a tabela do IRPF acumula uma defasagem de 154,67% desde 1996, impactando trabalhadores de baixa e média renda.

Para compensar a queda na arrecadação, o governo sugere um imposto mínimo de 10% sobre rendas superiores a R$ 50 mil mensais.

O projeto também impõe limites à carga tributária total: 34% para empresas e 45% para instituições financeiras.

Controvérsias surgiram entre parlamentares sobre a compensação. O Partido Progressista (PP) sugere aumentar a CSLL em 5% para bancos com lucro acima de R$ 1 bilhão.

Enquanto o texto está em debate, quem ganha acima de R$ 7 mil mensais continuará pagando o mesmo imposto atual.

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