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Fazenda avisou Casa Civil sobre IOF uma semana antes de anúncio, e divergência entre Haddad e Rui Costa escala

Discussões acirradas entre os ministros da Fazenda e da Casa Civil revelam descontentamento sobre a comunicação do decreto do IOF. O governo busca evitar novos vazamentos e reclamações sobre a falta de transparência nas decisões que impactam o mercado.

Ministério da Fazenda informou à Casa Civil com sete dias de antecedência sobre o decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A medida causou uma nova crise no governo, acentuando a tensão entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).

O decreto visa arrecadar R$ 20 bilhões em 2025 e o dobro no ano seguinte, aumentando as alíquotas em operações de crédito, remessas ao exterior, compra de moeda e cartões internacionais.

Uma inicial cobrança de 3,5% sobre o envio de fundos para investimentos internacionais foi excluída após reações do mercado.

Documentos mostram que a Casa Civil recebeu os detalhes do decreto na sexta-feira, dia 16, com discussões subsequentes entre as pastas.

Vazamentos preocupam o governo, e a comunicação das pastas só se reuniu na véspera do anúncio oficial. Integrações e críticas sobre a falta de informação completa foram levantadas.

Haddad afirmou que o decreto foi debatido com o presidente Lula e que ele decide quem deve ser convocado para discussões.

As divergências entre Haddad e Rui Costa não são novas, envolvendo compromissos sobre a política econômica e outras decisões importantes.

Lula se posicionou como "separador" de disputas, visando a harmonia entre os ministros.

Após o anúncio, um desentendimento ocorreu entre Sidônio Palmeira (Secom) e Haddad, que comentou que a comunicação nunca participou de relatórios que incluem o IOF.

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