Fazenda admite discutir alternativa a 'itens isolados' da alta do IOF após reunião com bancos
Governo sinaliza disposição para rever aumento do IOF após críticas de setores afetados. Debate com a Febraban busca alternativas para amenizar impacto no custo do crédito para empresas.
Ministério da Fazenda está aberto a discutir alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), instituído na semana passada.
O secretário-executivo, Dario Durigan, fez essa afirmação após reunião com o ministro Fernando Haddad e representantes da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).
A principal preocupação é o custo do crédito para as empresas, que se eleva com o novo IOF. O governo argumenta que a medida visa controlar a inflação.
Na reunião, Durigan mencionou a discussão de alternativas propostas pela Febraban. “Estamos em diálogo para entender e avaliar o que pode ser uma saída”, comentou.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, apresentou estimativas sobre como o IOF afeta micro e pequenas empresas. A nova alíquota fixa para pessoas jurídicas é de 0,95%, ao invés de 0,38%.
As mudanças também impactam operações de "risco sacado", agora sujeitas ao IOF, quando antes eram isentas. Sidney destacou que houve um “impacto severo” nos negócios.
O governo já fez ajustes no decreto original, mantendo a alíquota zero para investimentos no exterior e esclarecendo a tributação atual.
Durigan afirmou que se reunirá com lideranças do Congresso para apresentar as razões do aumento e discutir possíveis soluções.