Faz sentido manter juros mais altos 'por um tempo mais prolongado', diz presidente do BC
Gabriel Galípolo defende manutenção das taxas de juros elevadas para controlar a inflação. Expectativa é que cortes ocorram apenas a partir de 2026, após maior estabilidade econômica.
Presidente do Banco Central critica cortes imediatos nas taxas de juros
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que é razoável manter as taxas de juros elevadas por um período mais prolongado.
As declarações ocorreram na 12th Annual Brazil Macro Conference, em São Paulo.
Na semana retrasada, o Copom elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior nível em quase 20 anos. O mercado prevê que foi a última alta deste ano, com cortes a partir de 2026.
Galípolo destacou que a manutenção da taxa em patamar restritivo deve ser debatida, pois o tempo em que a taxa permanece elevada é mais impactante do que ajustes imediatos.
Ele ressaltou que, devido às expectativas desancoradas e ao histórico recente, é adequado manter as taxas elevadas por mais tempo. O PIB tem crescido acima de 3% nos últimos quatro anos.