Faz sentido condenar a Amazônia à pobreza para salvar o clima?
A reflexão sobre a desigualdade na Amazônia destaca como a exploração ambiental compromete o desenvolvimento local em favor de interesses globais. A disparidade entre a pobreza das regiões afetadas e as exigências do Norte Global evidencia a urgência de uma política climática mais justa e equitativa.
Descoberta Genealógica: O autor encontrou, através de pesquisa, que seu tataravô fundou o município de São João da Ponta (PA), que na época era uma vila. A história familiar se perdeu ao longo dos anos.
Mobilidade da Família: A família Neris migrou para São Caetano de Odivelas, depois para Belém, São Paulo e Brasília.
Percepções sobre o Interior da Amazônia: Existe uma visão associando o interior da Amazônia a atraso, com questões como fome e doenças. O Censo revelou que as cidades menos arborizadas do Brasil são Rio Branco, Belém e Manaus.
Critica Social: Há um estigma de que pobres não gostam de árvores e que ricos são os únicos que se importam com a natureza. As ministras Marina Silva e Sonia Guajajara são um exemplo disso, sendo eleitas por São Paulo.
Bolsonarismo no Norte: Nortistas estão entre os mais fiéis a Bolsonaro, com divisões regionais semelhantes às observadas nos EUA.
Consequências da Mudança Climática: A mudança climática é um desafio econômico que pode forçar migrações e destruição de patrimônio, com custo potencialmente recaindo sobre as populações mais ricas.
Pobreza na Amazônia: A região é uma das mais pobres do Ocidente. Questiona-se a lógica de manter sua população em pobreza atual para evitar uma possível pobreza futura em outras localidades.
Política de Exploração: Há uma contradição em evitar exploração no Amapá, onde 60% das crianças vivem na pobreza, enquanto países como Noruega e Alemanha continuam explorando seus recursos e poluindo.
Desigualdade nas Políticas Climáticas: As políticas climáticas são também distributivas. A insatisfação do autor com a desigualdade leva à sua preferência por viver em Oslo, não em São João da Ponta.