Fávaro diz que governo vai se 'apresentar' à China para substituir EUA no comércio de carne bovina
Brasil se oferece para suprir demanda de carne bovina na China após desabilitação de frigoríficos dos EUA. Ministro da Agricultura destaca potencial do país em expandir a produção e fortalecer relações comerciais com o gigante asiático.
Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o Brasil se disponibiliza para substituir frigoríficos dos EUA no comércio de carne bovina com a China.
Essa "oportunidade" surgiu após o governo chinês desabilitar quase 400 plantas frigoríficas americanas, devido à guerra tarifária com os EUA.
Fávaro destacou a intenção do Brasil de ocupar esse espaço: "Alguém vai precisar fornecer essa carne", afirmou à imprensa.
Além da China, o Brasil também busca expandir vendas para o Japão, após um acordo firmado durante a visita de Lula em março.
Representantes da alfândega chinesa se reunirão com o governo brasileiro no dia 22 para discutir a ampliação comercial e potenciais protocolos conjuntos.
Lula deve abordar a ampliação comercial em sua visita à China em maio.
Em relação à capacidade do Brasil de substituir os EUA, Fávaro disse que não tem como pretender isso plenamente, mas acredita que o Brasil pode se tornar uma segurança alimentar global.
As afirmações ocorreram durante uma reunião de ministros do Brics, que visa discutir cooperação entre economias emergentes e superar barreiras comerciais.
O bloco buscará ampliar o comércio agropecuário interno e abordar as consequências do protecionismo americano.
As conclusões da reunião serão apresentadas na cúpula do Brics em julho, no Rio de Janeiro.