Fatia dos 5 grandes bancos no novo consignado privado deve subir a 65% e taxas vão cair, diz Febraban
Os cinco maiores bancos devem aumentar sua participação no novo consignado privado, prevendo-se uma elevação para 65% até outubro. A Febraban também aponta que as taxas de juros médias podem cair, tornando o crédito mais acessível para trabalhadores.
Consignado privado já acumula R$ 15,850 bilhões concedidos, com os cinco grandes bancos (Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa) representando apenas 45% desse total.
A Febraban projeta que essa fatia deve aumentar para 65% até outubro e considera que as taxas de juros do produto irão cair.
Atualmente, a taxa média do novo consignado é de 3,58%, enquanto nos cinco grandes bancos é de 2,58%. Sem esses bancos, a média sobe para 4,43%.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, observa que a taxa média dos cinco maiores bancos é quase a metade das demais instituições. Nos últimos meses, a taxa dos cinco grandes teve uma leve alta, indo de 2,51% em abril para 2,58% atualmente, mesmo com um público tomador mais diversificado.
A Febraban espera que o novo consignado chegue a R$ 31,8 bilhões em outubro e destaca o potencial de queda nas taxas com o amadurecimento do produto.
Embora algumas taxas tenham sido elevadas, a nova linha pode proporcionar crédito mais acessível para os trabalhadores. A queda nas taxas pode ocorrer por diversos fatores, como:
- migração do consignado antigo para a nova modalidade;
- evolução dos modelos de risco de crédito;
- portabilidade do novo crédito;
- funcionamento do eSocial;
- uso do FGTS como garantia.
Sidney confirma que a regulamentação do uso do FGTS deve sair em julho.
A manifestação da Febraban foi em resposta à Abras, que informou que 20.734 funcionários de supermercados tomaram o novo consignado com juros médios de 6,98%. A Febraban se mostra otimista sobre a nova linha, prevendo taxas menores para um público amplo.
Um levantamento do Ministério da Fazenda revelou que a migração de empréstimos mais caros tem contribuído para as taxas elevadas nos primeiros meses. O estudo comparou taxas entre instituições que já ofereciam consignado e as que começaram agora, mostrando uma média de 4,39% para as novas, contra 2,76% nos bancos já atuantes.