Farmácias reforçam segurança para frear roubos de Ozempic e outras canetas injetáveis
Aumento dos roubos em farmácias leva redes a investir em segurança reforçada. Medicamentos de alto custo, como Ozempic e dermocosméticos, se tornaram alvos principais de quadrilhas.
Roubo de medicamentos provoca mudanças nas farmácias
Uma onda crescente de roubos força grandes redes de farmácias a reavaliar suas estratégias de segurança. O foco está na proteção de drogarias contra quadrilhas que atacam principalmente à madrugada, levando produtos valiosos como dermocosméticos e canetas injetáveis (Ozempic, Wegovy e Mounjaro).
Estes medicamentos, indicados para diabetes tipo 2 e com efeitos emagrecedores, registraram um aumento de vendas no Brasil: de US$ 27,5 milhões em 2019 para US$ 818,3 milhões em 2022. Isso faz com que roubos se tornem cada vez mais frequentes.
A RD Saúde reconheceu perdas e, apesar de um lucro bruto de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, admite que os roubos impactaram negativamente seus resultados. Exemplos de roubos incluem uma farmácia no Parque São Lucas, que foi assaltada três vezes em um mês, resultando em R$ 45 mil em prejuízos.
Medidas de segurança, como reduzir estoques e aumentar vigilância, estão sendo implementadas. O CEO da RD, Renato Raduan, menciona que estoques foram reduzidos e produtos marcados para combate ao roubo. Outras redes, como Pacheco e São Paulo, também têm reforçado segurança e monitoramento.
A logística de distribuição de medicamentos também é afetada, com investimentos em segurança aumentando em até 60%, incluindo veículos blindados. A empresa de segurança Prosegur relata maior demanda por seus serviços no transporte de medicamentos valiosos.
A fabricante Novo Nordisk informou estar reforçando segurança na distribuição, enfatizando que os estabelecimentos comerciais são responsáveis pela proteção após recebimento dos produtos.