Fantasma da desdolarização volta a assombrar Equador a dias de eleição polarizada
Equatorianos temem mudança na política monetária com as eleições se aproximando. Apesar de promessas da candidata à presidência de manter a dolarização, propostas polêmicas de aliados levantam preocupações sobre o futuro econômico do país.
Fantasma da desdolarização preocupa os equatorianos novamente, especialmente com a aproximação das eleições. O país, que já enfrentou uma hiperinflação devastadora, teme que um novo governo da esquerda possa alterar sua economia baseada no dólar, adotado há 25 anos.
No debate presidencial, Luisa González, candidata da esquerda, afirmou que a dolarização será mantida. No entanto, seus aliados, incluindo Rafael Correa, criticaram a moeda, o que gera incertezas.
Duas parlamentares do partido Revolução Cidadã sugeriram uma "dolarização à equatoriana", propondo a emissão de uma nova moeda, o que aumenta o temor de hiperinflação entre os equatorianos.
A memória da crise econômica dos anos 1980 e 1990 ainda é vívida; a introdução do dólar reduziu a inflação, mas a dependência do petróleo e a falta de investimentos externos continuam a assombrar a economia.
Com apenas 0,3% do PIB proveniente de investimentos diretos, o país enfrentou uma contração econômica em 2022, mas espera crescimento de 2,5% neste ano.
As remessas de imigrantes, principalmente dos EUA, são uma fonte crucial, representando 4,9% do PIB. Contudo, as recentes políticas de imigração podem reduzir esse fluxo.
Enquanto sinais de uma possível desdolarização continuarem a surgir, o fantasma da incerteza continuará a pairar sobre o Equador.