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Famílias atingidas por desastre de Mariana ainda lutam por direitos

Moradores de Mariana ainda enfrentam desafios na reparação e indenizações após quase 10 anos do desastre. O acordo recente de R$ 170 bilhões visa compensar as vítimas, mas a execução e fiscalização seguem criticadas.

Próximo do aniversário de 10 anos do rompimento da barragem em Mariana (MG), a Samarco ainda enfrenta críticas por atrasos na reparação e indenizações insuficientes para as 600 famílias prejudicadas.

Após a homologação do Acordo da Bacia do Rio Doce em novembro, Samarco, Vale e BHP Billiton comprometeram-se a pagar R$ 170 bilhões em 20 anos. Até agora, R$ 38 bilhões foram usados pela Fundação Renova e R$ 32 bilhões pela Samarco.

Recentemente, Filomeno da Silva, de 92 anos, faleceu sem receber sua nova casa em Novo Bento Rodrigues, onde apenas 177 das 278 famílias afetadas mudaram-se para as novas residências.

A Samarco oferece dois programas de indenização: o Programa Indenizatório Definitivo (PID) e o Sistema Indenizatório Agro-Pesca, mas muitos atingidos consideram os valores insuficientes. Até agora, foram feitos 14,9 mil pagamentos, totalizando R$ 1,4 bilhão.

A ação judicial em Londres, que busca uma indenização de € 36 bilhões (R$ 270 bilhões) contra a BHP Billiton, divide as opiniões. Enquanto 26 de 49 municípios aceitam o acordo, 23 preferiram aguardar o desfecho na justiça inglesa.

Recentemente, o Ministério da Saúde anunciou repasse de R$ 825 milhões entre 2025 e 2026 para fortalecer o SUS nas áreas afetadas e o governo federal se comprometeu a destinar recursos para várias iniciativas de reparação.

Críticas também surgem pela demora nas ações governamentais, com a Cáritas Brasileira encerrando seu atendimento, deixando vítimas sem assessoria durante um momento crítico na decisão sobre indenizações.

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