Familiares falam em violações de direitos a presos do 8 de Janeiro
Familiares de presos políticos expressam preocupação com violações de direitos humanos e criticam falhas nos processos judiciais. Durante audiência no Senado, eles pediram transparência e reforma no sistema legal para garantir o devido processo.
Familiares de presos por atos de 8 de janeiro de 2023 defenderam a inocência dos condenados em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, dia 16 de julho de 2025.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que preside a comissão, destacou que a CDH deve proteger os direitos humanos e enfrentar violações. Ela criticou a ignoração dos direitos consagrados pela Constituição e tratados internacionais.
Damares mencionou que o STF não permitiu visitas aos presídios para investigar denúncias de tortura e violação de direitos, o que considera uma violação da responsabilidade do Senado. Ela ressaltou a diferença entre poder visitar presos no exterior e não ter acesso aos detidos no Brasil.
Ela reconheceu que houve excessos nos eventos de 8 de janeiro, mas condenou a acusação de golpe de Estado como “inaceitável”. Damares defendeu o compromisso com o devido processo legal e a necessidade de reformas no sistema judiciário.
A familiar Sheila Fernandes Borges falou sobre as condições de seu marido, Jessé, que ficou preso por 7 meses e enfrentou problemas de saúde e falta de medicamentos na penitenciária.
Edjane Cunha, mulher de Cleriston, relatou a situação de seu marido, que morreu na Papuda, e lamentou a falta de atendimento e acesso a medicamentos.
Vanessa Rolim Vieira, mulher de Ezequiel, que está foragido, criticou a condenação de seu marido a 14 anos sem devido processo legal, ressaltando a consequência para as crianças órfãs de pais vivos.
As esposas de presos destacaram as violações e os impactos negativos nas vidas das famílias afetadas.
Informações da Agência Senado.