Família Trump negocia participação em criptoempresa Binance, segundo WSJ
Família Trump negocia participação na Binance em meio a indulto solicitado pelo fundador. Investimento pode facilitar o retorno da plataforma ao mercado americano e levantar questões sobre conflitos de interesse.
Família Trump negocia participação na Binance, filial americana da plataforma de criptomoeda, conforme reportado pelo The Wall Street Journal.
O fundador da Binance, Changpeng Zhao (CZ), busca um indulto presidencial após cumprir quatro meses de prisão por violação de normas contra lavagem de dinheiro.
Zhao é o maior acionista da Binance, mesmo após renunciar ao cargo de diretor-executivo em um acordo de US$ 4,3 bilhões com as autoridades americanas em 2023.
Negociações começaram ano passado, com a Binance contatando aliados de Trump para um acordo comercial, visando reingressar no mercado dos EUA.
O investimento pode ser feito diretamente pela família Trump ou via World Liberty Financial, empresa de criptomoedas lançada em setembro.
Steve Witkoff, amigo de Trump, supostamente esteve envolvido, mas um funcionário da administração negou essa informação.
Zhao desmentiu qualquer conversa sobre um acordo com a Binance nos EUA, chamando a reportagem de "ataque" ao presidente e ao setor de criptomoedas.
Um indulto a Zhao poderia eliminar obstáculos regulatórios à operação da Binance nos EUA, onde sua participação de mercado caiu de 27% para 1%.
Para a família Trump, um investimento na Binance representaria uma oportunidade de lucrar com a reativação de uma grande plataforma de criptomoedas.
Porém, essas negociações levantariam questões sobre conflitos de interesse, dado que Trump mantém seus negócios sob controle familiar enquanto ocupa a presidência.
A notícia surgiu após o fundo MGX, dos Emirados Árabes Unidos, anunciar um investimento de US$ 2 bilhões na Binance, também ligado a projetos de infraestrutura em inteligência artificial apoiados por Trump.