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Família bilionária que fundou a H&M amplia controle e analistas veem saída da bolsa

A crescente participação acionária da família Persson alimenta especulações sobre uma possível privatização da H&M. Com quase 64% do controle, a família pode estar se preparando para retirar a empresa da bolsa e reverter sua trajetória de perdas.

A Hennes & Mauritz (H&M), gigante sueca do fast-fashion, está a caminho de se tornar novamente uma empresa privada. A família fundadora, os Perssons, está intensificando a compra de ações, acumulando mais de 63 bilhões de coroas (US$ 6,6 bilhões) desde 2016, o que lhes dá quase 64% do controle da empresa.

A participação da família, adquirida através da holding Ramsbury Invest, aumentou de 35,5% para quase 64% ao longo de nove anos. Apesar das declarações de não privatização do presidente da H&M, Karl-Johan Persson, analistas afirmam que a aquisição total pode ser um passo a ser considerado.

Desempenho financeiro: A H&M enfrenta dificuldades com vendas e está perdendo espaço para rivais como Zara e Shein. No primeiro trimestre, os resultados ficaram abaixo das expectativas e tentativas de recuperação através de marketing falharam.

Conseqüências da privatização: Se a participação da família atingir 90%, eles poderiam solicitar o cancelamento da listagem das ações. Um retorno à propriedade privada seria interpretado como uma decisão emocional, já que a família já exerce controle majoritário.

Visão do mercado: A H&M, com ações em queda de 60% desde seu pico há uma década, é uma das mais vendidas a descoberto na Europa. Um fechamento de capital poderia diminuir a liquidez e o escrutínio que a empresa atual enfrenta como pública.

Especialistas destacam que a falta de transparência da H&M pode prejudicar a confiança do mercado e o relacionamento com os investidores. Um fechamento da empresa resultaria em uma grande perda para o mercado de ações sueco.

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