Falta de mobilização na esquerda é realidade, diz Manuela d’Ávila
Manuela d’Ávila critica a mobilização da esquerda nas ruas e o impacto das redes sociais na política. Ela também reflete sobre sua trajetória política e possíveis candidaturas futuras, destacando a importância da autonomia partidária.
Ex-deputada federal Manuela d’Ávila (sem partido) afirma que a esquerda enfrenta dificuldades em mobilização política. Parte do problema é a transferência de discussões para o ambiente digital.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, d’Ávila destacou que:
- Redes sociais dominam o debate social, mas são influenciadas por algoritmos que favorecem a extrema direita.
- Bolsonaro criou uma imagem de proximidade com o povo, contrastando com acusações de corrupção.
A declaração acontece após uma manifestação em São Paulo, contra a anistia para os presos de 8 de Janeiro, que reuniu cerca de 6.000 pessoas e foi convocada por Guilherme Boulos (Psol-SP).
Manuela, ex-candidata à vice-presidência na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018, saiu do PC do B após 25 anos, citando a federação com o PT como fator limitante à sua autonomia.
Ela considera a frente ampla importante, mas defende que um partido de esquerda deve apresentar suas próprias ideias.
Sobre uma possível candidatura em 2026, d’Ávila afirma que não tem impedimentos pessoais e está bem posicionada nas pesquisas para o Senado no Rio Grande do Sul.
Quanto ao futuro partidário, menciona ter recebido convites, mas não pretende se filiar apenas para concorrer. “Partido é algo sério para mim”, concluiu.