Falta de autonomia ampla influencia falhas do BC, diz associação
Auditores do Banco Central alertam para falhas operacionais e pedem aprovação de PEC para maior autonomia financeira. A mobilização destaca a redução drástica de servidores e as crescentes exigências sobre a autarquia.
Auditores do Banco Central iniciaram mobilização em 1º de agosto de 2025, alertando sobre a necessidade de reforçar as segurança dos sistemas da autarquia.
A ação, chamada S.O.S: Servidores em Operação Segurança, defende a aprovação da PEC 65 de 2023, que visa desvincular o orçamento do Banco Central da União, ampliando sua autonomia.
Atualmente, a PEC está na CCJ do Senado. A ANBCB (Associação Nacional dos Auditores do Banco Central do Brasil) destacou o descompasso entre as crescentes exigências da autarquia e sua infraestrutura, afirmando que a falta de autonomia financeira contribui para falhas operacionais.
Em 23 de julho, o BC enfrentou um incidente de segurança que expôs dados de usuários do Pix, afetando aproximadamente 11 milhões de brasileiros.
A ANBCB também apontou que desde 2011, o Banco Central perdeu cerca de 1.400 funcionários, o que equivale a uma redução de 35% no quadro de profissionais. A média de idade dos servidores é de 50 anos e 10% podem se aposentar a qualquer momento.
A PEC 65 é considerada essencial para o funcionamento de medidas como o Pix parcelado e melhorias na regulamentação do crédito imobiliário.
O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) criticou a PEC 65, afirmando que transformaria o BC em ente privado e exporia a autoridade monetária a ingerências internacionais, como as sanções dos EUA.
O sindicato alertou que a proposta pode sujeitar o sistema financeiro a risco de constrangimentos geopolíticos, exemplificando com a situação do ministro do STF Alexandre de Moraes.