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Fabricantes de eletrônicos querem crédito emergencial e suspensão de tributos para compensar tarifaço de Trump

Abinee pede medidas emergenciais ao governo para minimizar os efeitos das tarifas impostas pelos EUA. Propostas incluem suspensão de impostos e criação de linhas de crédito para garantir a competitividade do setor.

Abinee solicita medidas ao governo federal para mitigar impactos das tarifas de 50% impostas pelos EUA às exportações brasileiras, que entram em vigor em 1º de agosto.

No primeiro semestre de 2025, os EUA foram o principal destino da produção nacional de eletroeletrônicos, recebendo 29% do total exportado, com vendas de US$ 1,1 bilhão, 23% a mais que em 2024.

A Abinee enviou um ofício ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com propostas, incluindo:

  • Criação de linhas de crédito emergencial via BNDES ou Finep;
  • Suspensão da tributação sobre insumos de produção;
  • Desoneração temporária da folha de pagamento;
  • Aumento temporário da alíquota do Reintegra;
  • Crédito presumido de IPI sobre exportações para os EUA;
  • Ajustes no preço de transferência;
  • Repasse de valores de Fundos Públicos Setoriais.

Além disso, foram feitos pedidos ao governo de São Paulo para alívio nos custos com ICMS, incluindo:

  • Aceleração da devolução de saldos credores acumulados;
  • Amplicação e flexibilização de regimes especiais de ICMS;
  • Criação de regime especial simplificado de suspensão do ICMS.

As propostas são temporárias, visando evitar perda de competitividade e queda de encomendas no setor de eletroeletrônicos, que representa 17% do faturamento total.

Os principais itens exportados para os EUA são transformadores, motores e geradores.

No primeiro semestre de 2025, as exportações de eletroeletrônicos brasileiros somaram US$ 3,8 bilhões, com alta de 12% em relação ao mesmo período de 2024.

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