Extrema direita britânica põe à prova governo trabalhista em eleições locais
Eleições locais em 1º de maio testarão a popularidade do Reform UK, partido de extrema direita, em meio à insatisfação com trabalhistas e conservadores. A votação pode consolidar a ascensão do partido em um cenário político conturbado no Reino Unido.
Reform UK, partido de Nigel Farage, busca validar seu crescimento nas pesquisas nas eleições locais de quinta-feira, 1º, no Reino Unido. Essas eleições serão o primeiro teste para o governo trabalhista que assumiu em julho.
O Reform UK almeja conquistar cadeiras em conselhos municipais e uma cadeira no Parlamento, preparando-se para as legislativas de 2029.
A votação envolve 1.640 postos de vereadores em 23 municípios, seis prefeitos, e um assento no Parlamento, em meio ao crescente desencanto dos britânicos com os partidos tradicionais.
Recentemente, o partido alcançou 14% no nível nacional, um feito significativo para a extrema direita, superando os trabalhistas (23%) e conservadores (20%) nas pesquisas do YouGov.
Com sua campanha centrada em imigração e falta de emprego, o Reform UK atraiu apoio em regiões afetadas pelo declínio pós-industrial. Em Runcorn, o partido pode conquistar um sexto assento no Parlamento.
A eleição parcial ocorre após a renúncia do deputado trabalhista Mike Amesbury, condenado por agressão. Em julho, os trabalhistas venceram o distrito com 53% dos votos, enquanto o Reform UK teve 18%.
Alguns eleitores, como Eddie Sweeney, expressam descontentamento com o custo de vida e a percepção de desigualdade no tratamento às minorias étnicas, apoiando o Reform UK.
A participação nas eleições é baixa, mas uma vitória daria ao Reform UK um impulso significativo. A derrota dos trabalhistas poderia pressionar seus líderes a se inclinarem mais à direita.
Os resultados também refletirão os primeiros meses de Kemi Badenoch como líder dos conservadores, que deixaram o poder em julho.