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Extradição de Zambelli pode levar até 2 anos, diz ex-investigador do caso Pizzolato

Vladimir Aras analisa que o processo de extradição pode durar de um a dois anos, dependendo da Justiça italiana. Enquanto isso, a defesa de Zambelli argumenta que ela sofre perseguição política no Brasil.

Professor da UnB e procurador Vladimir Aras projeta que o processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) da Itália para o Brasil pode levar de um ano e meio a dois anos. Aras menciona que, na pior das hipóteses, Zambelli pode ser solta em breve devido a questões políticas.

Zambelli foi presa na Itália no dia 29, após condenação a 10 anos de prisão pelo STF por pedir a um hacker a invasão de sistemas do CNJ.

O próximo passo é a decisão do Ministério da Justiça italiano sobre a confirmação da prisão, que pode direcionar o caso à Corte de Apelação em Roma. O Brasil teria 45 dias para formalizar a extradição.

As regras para extradição diferem entre Brasil e Itália. No Brasil, a Constituição não permite a extradição de nacionais, mas a Itália já extraditou cidadãos em casos semelhantes, como o de Henrique Pizzolato.

Juristas como Wálter Maierovitch afirmam que Zambelli não deve contar com apoio político do governo italiano, pois os crimes pelos quais foi condenada têm equivalentes na legislação italiana. A primeira-ministra Giorgia Meloni enfrenta políticas internas complicadas e pode evitar se envolver em mais controvérsias.

O governo italiano está sob pressão, pois parlamentares locais pedem a cassação da cidadania de Zambelli, alegando que ela usa sua dupla cidadania para buscar impunidade.

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