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Exportadores de café do Brasil não acreditam em tarifa zero com EUA

Exportadores brasileiros de café enfrentam incertezas em negociações sobre tarifas com os EUA. Mesmo diante de um cenário de volatilidade, o Brasil mantém posição forte no mercado americano, mas a perspectiva de tarifas elevadas preocupa produtores.

Exportadores brasileiros de café estão céticos quanto à possibilidade de zerar tarifas nas vendas para os Estados Unidos, mesmo após o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, indicar que o café poderia ter essa condição.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, afirma: "Não temos essa expectativa. Há otimismo nas negociações, mas não sobre tarifa zero". Atualmente, o café brasileiro é taxado em 10%, desde abril, e há risco de a taxa subir para 50%.

O Brasil detém 34% do mercado americano de café; a Colômbia, com 20%, não conseguiria suprir a demanda dos EUA. Em 2025, os EUA adquiriram 2,87 milhões de sacas do Brasil, representando 17,1% das exportações.

Cafés exportados na quinzena de julho entrarão nos EUA com a nova tarifa. Os portos de Nova Orleans e Nova York recebem a maior parte das exportações brasileiras.

Nas últimas semanas, os preços internacionais do café têm sido voláteis. Apesar de uma queda de 3,9%% no volume embarcado na safra 2024/25, o Brasil registrou uma receita recorde de US$ 14,7 bilhões, um aumento de 49,5%% em relação à safra anterior.

O governo Lula busca reversão total das tarifas desde 9 de julho, após anúncio de sobretaxas pelo presidente Trump. O vice-presidente Geraldo Alckmin está em contato com Lutnick, mas os EUA mostram pouco interesse em negociar.

Ministros avaliam opções de tarifas setoriais e o governo está analisando um plano de contingência, mas manteve o foco na diplomacia.

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