Exportações de defesa de Israel atingem recorde pelo quarto ano consecutivo
As exportações de defesa de Israel crescem de forma contínua, destacando-se na demanda européia. Com um aumento significativo nas vendas militares, o país enfrenta, simultaneamente, um isolamento diplomático crescente devido ao conflito em Gaza.
Exportações de defesa de Israel batem recorde pelo quarto ano consecutivo.
A demanda da Europa foi um dos pilares, representando 54% das vendas em 2024, um aumento em relação a 35% em 2023.
As vendas militares internacionais totalizaram US$ 14,8 bilhões, um crescimento de US$ 1,7 bilhões em comparação ao ano anterior, mais que o dobro do valor de cinco anos atrás.
A região Ásia-Pacífico ocupou o segundo lugar, com cerca de 25% das exportações. O restante foi dividido entre a América do Norte e países do Oriente Médio que firmaram os Acordos de Abraão em 2020.
Politicamente, Israel está isolado devido à sua atuação no conflito em Gaza, mas a importação militar israelense é difícil de ser banida na Europa, que condena a campanha em Gaza.
Israel é conhecido por ter alguns dos sistemas de defesa aérea mais avançados. Em 2023, a Alemanha assinou um contrato de 4 bilhões de euros (US$ 4,6 bilhões) para aquisição.
Os mísseis, foguetes e sistemas de defesa aérea representaram 48% das exportações em 2024, contra 36% em 2023. Produtos como satélites e sistemas espaciais cresceram para 8%.
As empresas de defesa israelenses se beneficiam da crescente demanda, impulsionada pelo aumento de 65% nos gastos com defesa, totalizando US$ 47 bilhões, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, devido à guerra com o Hamas e tensões com Hezbollah, Irã e Houthis do Iêmen.