HOME FEEDBACK

Exportações de aço da China disparam e provocam onda de protecionismo pelo mundo, diz OCDE

OCDE alerta sobre crescimento das exportações de aço da China e suas consequências para o comércio global. Com aumento recorde em 2024, medidas protecionistas e investigações antidumping se intensificam em diversos países, incluindo o Brasil.

Exportações de aço da China disparam, afetando o mercado global e gerando medidas protecionistas, conforme relatório da OCDE divulgado em 27 de outubro.

A China aumentou suas exportações para um nível recorde de 118 milhões de toneladas em 2024, superando o pico da crise do aço de 2015-2016.

O relatório destaca que as exportações a preços baixos resultaram em um aumento significativo de investigações antidumping:

  • 81 investigações em 2024, cinco vezes mais que o ano anterior.
  • Quase 80% dos casos contra produtores asiáticos, sendo que a China representa mais de um terço.

Além disso, muitos países adotaram aumentos tarifários gerais sobre o aço. A OCDE observa que restrições comerciais fazem produtores contornarem medidas, redirecionando exportações.

Entre 2013 e 2020, o comércio siderúrgico suspeito de reencaminhamento totalizou 21,5 milhões de toneladas métricas (13,3 bilhões de euros).

No Brasil, a capacidade produtiva se manteve estagnada em 50,9 milhões de toneladas por ano, representando apenas 2,1% da capacidade global, enquanto países como Índia e Irã aumentaram significativamente sua produção.

O Brasil também é um dos países que adotaram barreiras comerciais, com oito investigações antidumping em 2024, na mesma linha que Austrália e atrás de Turquia e Estados Unidos.

Por fim, as importações de aço na América do Sul cresceram cerca de 60% entre 2020 e 2024, refletindo o redirecionamento das exportações chinesas.

Leia mais em estadao