Exportações da China para os EUA têm maior queda desde 2020, mesmo com trégua de Trump
Queda acentuada nas exportações chinesas para os EUA reflete as persistentes tensões comerciais, mesmo após acordo de trégua. Enquanto isso, a China vê crescimento nas vendas para outras regiões, mas abaixo das expectativas do mercado.
Queda histórica nas exportações da China para os EUA marca o cenário econômico recente. Mesmo após uma trégua nas tensões econômicas, as exportações chinesas para os Estados Unidos caíram 35% em maio, segundo dados do governo chinês divulgados em 9 de outubro. Em abril, a queda foi de 21%.
O jornal The Wall Street Journal atribui esse resultado às tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Em uma reunião recente em Genebra, representantes dos dois países concordaram em reduzir mútua das tarifas: dos EUA de 145% para 30% e da China de 125% para 10%, com validade de 90 dias.
Na semana passada, Trump e Xi Jinping discutiram por telefone, elevando as expectativas para um acordo duradouro. Contudo, desconfianças persistem: a Casa Branca acusa a China de não restabelecer exportações de terras raras, enquanto a China critica o controle americano sobre chips de inteligência artificial.
Apesar da queda com os EUA, a China viu um aumento de exportações para regiões como o Sudeste Asiático e a União Europeia. No total, as exportações chinesas aumentaram 4,8% em dólares em relação a maio de 2024, embora abaixo da expectativa de 5,6%.
Após a trégua, houve um aumento na demanda por pedidos congelados, elevando os preços de frete e o custo de contêineres. Indicadores mostram que novos pedidos de exportação continuam em contração.
Adicionalmente, um tribunal federal nos EUA suspendeu a maioria das tarifas de Trump, mas a decisão está congelada enquanto a Casa Branca recorre.