Exploração de petróleo na foz do Amazonas: Ibama aprova última etapa de testes antes de possível liberação
Ibama aprova plano de emergência da Petrobras para prospecção de petróleo na bacia da foz do Amazonas. A decisão é um passo crucial, mas não garante licença definitiva para a perfuração.
Ibama aprova plano de prevenção da Petrobras para pesquisar petróleo na bacia da foz do rio Amazonas.
A decisão ocorreu em 19 de maio, marcando a última etapa do licenciamento para perfuração de um poço exploratório a 500 km da foz do rio Amazonas e a mais de 160 km da costa.
A aprovação do Ibama indica que o plano atendeu aos requisitos técnicos, mas não é uma licença para perfuração. O órgão informou que a continuidade do processo dependerá de vistorias e simulações de resgate de animais em caso de derramamento de óleo.
Suely Araújo, do Observatório do Clima, considera que a decisão é um passo importante, mas expressa preocupações com os impactos sociais e ambientais.
A próxima etapa incluirá testes com mais de 400 pessoas, navios e helicópteros para verificar a capacidade de resposta em emergências.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa respeita o rigor do licenciamento e está pronta para instalar a maior estrutura de resposta a emergências em águas profundas.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, reforçou que a análise se refere apenas à permissão de prospecção, não à exploração.
Em 2023, o Ibama negou o licenciamento anterior por inconsistências técnicas, com apoio governamental à nova proposta de prospecção.
A ativista Suely Araújo criticou a falta de análises adequadas sobre a fragilidade da região e os riscos potenciais para o grande sistema recifal.
A Petrobras argumenta que a confirmação de petróleo na Margem Equatorial pode abrir uma nova fronteira energética para o país, integrando diferentes fontes de energia.