Expert XP: Ibovespa periga descer aos 130 mil, avalia gestora da Armor
Executivos do mercado financeiro indicam que a pressão sobre o Ibovespa deve continuar em meio à instabilidade provocada pelas novas tarifas dos EUA. A incerteza em torno de um possível acordo entre Brasil e Estados Unidos gera preocupações sobre o fluxo de capital e o desempenho dos ativos locais.
Tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros geram incertezas nos ativos locais e no Ibovespa.
A co-CIO da Armor Capital, Paula Moreno, considera improvável um acordo entre Brasil e EUA antes do prazo para a aplicação das alíquotas, marcado para 1º de agosto.
Segundo ela, a bolsa brasileira foi a mais impactada e pode sofrer uma correção significativa, prevendo uma possível queda para 130 mil pontos, o que representaria uma desvalorização de 2,64%.
Desde a carta enviada por Donald Trump em 9 de julho, houve uma saída de US$ 1 bilhão da B3 e um aumento nas posições vendidas no Ibovespa.
Moreno acredita na possibilidade de concessões para algumas empresas, como a Embraer, que pode negociar um acordo privado em relação às tarifas.
Por outro lado, Guto Leite, gestor da Western Asset, questiona se a postura de Trump afetará a opinião dos investidores estrangeiros sobre o Brasil, ressaltando que a performance da bolsa está atrelada a fatores internacionais.
Leite fez ajustes em sua alocação, priorizando empresas com resiliência, como Itaú, BTG Pactual, e do setor de construção civil. Seu foco atual inclui ações do S&P 500 e títulos americanos de cinco anos.
A Armor Capital, diante das incertezas, mantém posições táticas no Brasil, priorizando ativos americanos.