HOME FEEDBACK

Expert XP: Brasil beira 'semi-argentinização', diz Legacy Capital

Analistas projetam mudanças na política econômica do Brasil a partir de 2027, com foco em reformas e cortes de gastos. O cenário atual apresenta riscos de desestabilização econômica, reforçando a necessidade de uma agenda reformista para evitar uma crise como a da Argentina.

Analistas do mercado financeiro discutem mudanças na política econômica e de governo em 2027. A expectativa é que um mandato reformista assuma o Palácio do Planalto, propondo cortes significativos nos gastos públicos, incluindo:

  • Congelamento do salário mínimo
  • Novo teto de gastos
  • Nova reforma da previdência
  • Privatizações
  • Reforma administrativa
  • Limitação de gastos da União

Pedro Jobim, economista-chefe da Legacy Capital, alerta que, se as mudanças não ocorrerem, o Brasil poderá enfrentar uma “semi-argentinização”, semelhante à crise econômica da Argentina entre 2010 e 2023, caracterizada por:

  • Crescimento baixo (0,5% ao ano)
  • Inflação alta
  • Juros elevados

Jobim destaca a insustentabilidade do fluxo livre de capitais nesse cenário, com a possibilidade de investidores deixarem o país abruptamente.

Além disso, Jobim considera arriscado operar no mercado com base nas Eleições de 2026, enfatizando que, apesar de não haver problemas formais para cumprir metas em 2025 e 2026, a dívida/PIB alta e a desaceleração do crescimento comprometem a estabilidade econômica.

Solange Srour, do UBS Global Wealth Management, observa que a percepção de urgência do mercado não é compartilhada pela sociedade, o que pode complicar a implementação de reformas. Apesar do otimismo em relação a um novo governo, ela alerta que a realidade será difícil e o atual Congresso tem resistência em cortes de gastos.

Jobim acredita que a mudança de governo em 2027 é uma projeção moderada e reconhece os desafios à frente, com a esperança de apoio político após o desgaste do PT. Se houver sinais de mudança, os preços podem melhorar.

Outros destaques:

  • Bolsa pode ser desafiadora, segundo Stuhlberger.
  • Fiscal não deve impedir cortes na Selic, avalia ASA.
  • B3 considera ampliar negociação de criptomoedas.
  • Debêntures continuam atrativas mesmo sem isenção.
  • Expectativa de corte de juros pelo BC antes do previsto.
  • Mesmo com tarifaço, cenário deve ser pró-mercado nos EUA.
Leia mais em valorinveste