Expectativa de alta ou pausa: suspense marca decisão do Copom sobre a Selic
Banco Central se prepara para decisão crucial sobre a Selic, com mercado dividido entre manutenção e elevação da taxa. Expectativas flutuantes refletem incertezas econômicas e pressões inflacionárias.
Banco Central pode elevar a taxa Selic para 15% hoje, o maior nível em quase 20 anos, às 18h30. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) não tem consenso, com expectativas divergentes no mercado.
Contratos de opções na B3 indicam um aumento de 0,25 ponto percentual, enquanto economistas apontam para a manutenção em 14,75%, conforme o boletim Focus.
Após a última reunião em maio, a indecisão sobre os próximos passos do BC aumentou. As análises se dividem entre uma nova alta ou a manutenção da taxa, visando uma possível queda em 2026.
A inflação se mantém acima de 5% ao ano, acima da meta de 3%, mas mostra sinais de controle. Por outro lado, as incertezas fiscais do governo criaram pressão por um aumento adicional na Selic.
As expectativas do mercado mudaram nos últimos dias: 83% para manutenção em 27 de maio, 69% para alta em 6 de junho, e 64% favorecendo nova alta em 11 de junho.
A ata da última reunião revelou que os juros atuais estão desacelerando a economia, mas há incertezas persistentes tanto no cenário local quanto internacional. O conflito entre Israel e Irã pode impactar preços de commodities.
O Itaú prevê manutenção em 14,75% como decisão unânime, encerrando o ciclo de aperto monetário. Em contraste, o BTG Pactual prevê alta para 15%, mas considera que deve ser a última do ano.
A comunicação pós-reunião deve manter um tom cauteloso e flexível, evitando sinalizações claras sobre o futuro, segundo Iana Ferrão, economista do BTG.