Exoneração de coordenador antes do Censo Agropecuário abre nova frente de crise no IBGE
Exoneração de coordenador do IBGE gera inquietação entre servidores em meio aos preparativos para o Censo Agropecuário 2026. O clima de incerteza pode comprometer a qualidade e a execução da pesquisa, crucial para o agronegócio.
Crisis no IBGE: Exoneração de Octávio Costa de Oliveira, coordenador de estatísticas agropecuárias, gera turbulência.
A decisão foi anunciada em sexta-feira (30) e surpreendeu funcionários durante a preparação para o Censo Agropecuário 2026.
Divergências sobre o cronograma do recenseamento foram o motivo da exoneração. O corpo técnico acredita que os preparativos estão atrasados e que a coleta de dados em 2026 não é viável.
O plano de transferir o levantamento para 2027 enfrenta resistência da gestão do IBGE.
Octávio Oliveira, que está no IBGE há mais de duas décadas, foi informado sobre sua exoneração, mas a formalização depende de trâmites burocráticos e ainda não há substituto anunciado.
O clima entre funcionários é de incerteza quanto ao cronograma, com a última edição do censo datando de 2017, quando foram contabilizados 5,1 milhões de estabelecimentos agropecuários.
O IBGE enfrenta uma crise interna desde o segundo semestre de 2024, com críticas à gestão de Pochmann, indicado por Lula em 2023.
A preparação para o censo inclui treinamento de equipes e testes de equipamentos. A coleta de dados é crucial para o agronegócio, que resiste ao governo atual.
Em 2026, o calendário de eleições presidenciais pode dificultar a coleta de informações, como ocorreu com o Censo Demográfico em 2022.
Existem preocupações orçamentárias, com o IBGE precisando de cerca de R$ 2,9 bilhões de 2025 a 2028, e o MPO reconhecendo a necessidade de suplementação orçamentária.
A exoneração de Oliveira provocou reações, com a Assibge afirmando que sua saída desmotiva a equipe e pode comprometer a coleta e análise de dados do censo. Um abaixo-assinado circula entre funcionários questionando sua exoneração.
A situação levanta preocupações sobre os prazos e o andamento da pesquisa, que ainda permanece uma incógnita.