Exército israelense diz que emissora no Irã foi atacada por divulgar ‘propaganda anti-Israel’
Israel justifica ataque a emissora iraniana como resposta a propaganda anti-Israel, enquanto organização de jornalistas condena a ação. O incidente ocorreu durante uma transmissão ao vivo, gerando preocupações sobre a segurança da imprensa na região.
Israel bombardeia emissora estatal do Irã em ataque que gerou controvérsia e condenação internacional.
O porta-voz das Forças Armadas de Israel, Effie Defrin, afirmou que o ataque à emissora se deu por conta da propaganda anti-Israel, contradizendo declarações anteriores sobre a utilização do prédio para operações militares.
Defrin declarou que a emissora faz parte de um plano para extermínio de Israel e estava sendo gerenciada pela Guarda Revolucionária do Irã.
A Comissão para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) expressou estar “horrorizada” com o ataque, lembrando que Israel matou 185 jornalistas em Gaza recentemente.
O ataque ocorreu após uma nova onda de mísseis lançados pelo Irã, deixando ao menos oito mortos, e após Israel emitir um alerta de evacuação para o Distrito 3 de Teerã.
O prédio atacado é parte da Radiodifusão da República Islâmica do Irã. Durante o ataque, uma repórter teve que interromper a transmissão ao vivo.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que a emissora, um “megafone de propaganda”, será eliminada.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, reforçou o objetivo do ataque como desmantelar o poder de propaganda do Irã e que “canais estão se abrindo” para a população iraniana.
A explosão ocorreu enquanto a apresentadora criticava Israel, levando à interrupção temporária da transmissão.
O governo iraniano reagiu emitindo uma ordem de evacuação para redes de notícias israelenses, como forma de represália.
A capital iraniana, dividida em 22 distritos, abriga importantes instalações governamentais e de saúde nas proximidades da emissora atacada.