Exército de Israel vai organizar passeios turísticos em região ocupada na Síria
Passeios turísticos em território ocupado intensificam o debate sobre a legitimidade da presença israelense nas Colinas de Golã. As excursões visam promover a história militar da região, enquanto a comunidade internacional mantém sua posição contrária à anexação e aos assentamentos.
Forças Armadas de Israel promoverão passeios turísticos para civis nas áreas ocupadas da Síria, incluindo a "zona de segurança".
As excursões, com ingressos esgotados, começarão neste domingo (13) nas Colinas de Golã, reconhecidas internacionalmente como território sírio, mas anexadas por Israel em 1981.
Os visitantes irão, sob escolta militar e em ônibus à prova de balas, conhecer o Monte Hermon e a região de Sheba, importante local religioso. Também poderão nadar no rio Ruggad, na fronteira com a Jordânia.
O Exército israelense afirma que os passeios visam "recuperar nossa herança" e desenvolver turismo na região, enquanto a ocupação é considerada ilegal pela comunidade internacional.
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu recentemente aprovou novos assentamentos com o objetivo de dobrar a população israelense em Golã, usando US$ 11 milhões para financiar a expansão.
Atualmente, cerca de 30 mil israelenses e 24 mil drusos, que se consideram sírios, habitam a região.
A ocupação das Colinas de Golã começou em 1967, após a Guerra dos Seis Dias. Apenas os Estados Unidos reconhecem a área como parte de Israel, desde um entendimento em 2019.
Os assentamentos em Golã são vistos como parte da estratégia de Israel para enfraquecer a solução de dois Estados e são objeto de sanções internacionais.