Exército de Israel intensifica operações em Gaza
Ofensiva militar de Israel em Gaza retoma após trégua de dois meses, resultando em dezenas de mortos palestinos. Primeiro-ministro Netanyahu intensifica pressão sobre o Hamas para a liberação de reféns.
Israel lançou uma nova ofensiva terrestre na Cidade de Gaza nesta sexta-feira, 4, após promessa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de intensificar pressão sobre o Hamas para libertar reféns.
Pelo menos 30 palestinos morreram nas operações, com 25 mortos em Khan Yunis, conforme a Defesa Civil da Faixa de Gaza. A ofensiva foi retomada em 18 de março após dois meses de trégua.
Um comunicado militar afirmou que as forças israelenses realizam atividades na região de Shujaiya e visam aumentar a zona de segurança. Os soldados alegaram ter eliminado "numerosos terroristas" e desmantelado infraestruturas do Hamas, permitindo a evacuação de civis.
As Brigadas Ezedin al Qassam advertiram que a ofensiva israelense gera uma situação "extremamente perigosa" para os reféns, com metade dos prisioneiros vivos nas zonas de evacuação.
Moradores de Shujaiya relataram sentir-se presos em casa devido à proximidade do combate. Um parente de vítimas em Khan Yunis lamentou que muitos mortos eram mulheres e crianças, com dezenas de corpos sob os escombros.
A guerra começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.281 pessoas. Atualmente, das 251 pessoas sequestradas, 58 ainda estão em Gaza, enquanto a ofensiva israelense resultou em ao menos 50.609 mortos, a maioria civis.
A população da Faixa de Gaza enfrenta condições precárias devido aos combates e à restrição de ajuda humanitária. Netanyahu destacou que as forças israelenses estão "fragmentando Gaza" para pressionar a devolução dos reféns.
No Líbano, Israel anunciou a morte de Hassan Farhat, comandante do Hamas, em Sidon.