Executivos pedem que América Latina reduza obstáculos para atrair fundos de energia renovável
Executivos de bancos multilaterais destacam a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura regulatória e elétrica para garantir investimentos em energia renovável. A análise ressalta que a América Latina precisa aumentar sua alocação de recursos para atender às metas climáticas e energéticas.
Países latino-americanos precisam enfrentar barreiras regulatórias e melhorar a interconexão elétrica para atrair investimentos anuais de US$ 200 bilhões (R$ 1,11 trilhão) para a transição energética, afirmaram executivos de bancos multilaterais em evento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.
Os investimentos em infraestrutura energética na região estão abaixo das médias globais, prejudicando as metas climáticas e energéticas.
"A solução está na política, porque dinheiro não falta", disse Félix Fernández, diretor da Diretoria Geral de Parcerias Internacionais da União Europeia.
A América Latina investe cerca de 3% de seu PIB em infraestrutura de energia, contra 5% na Europa, Ásia e Oriente Médio, segundo o Banco Mundial.
"Para consolidar nossa liderança em soluções de energia sustentável, precisamos criar condições com marcos regulatórios adequados e um bom equilíbrio público-privado", destacou Andrés Rebolledo, secretário-executivo da Organização Latino-Americana de Energia.
Empresas da União Europeia planejam investir US$ 20 bilhões em energia renovável na Colômbia, onde 88% da energia renovável conectada à rede é produzida por empresas da UE, segundo Fernández.