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Executivo de fintech brasileira é processado no México sob acusação de fraude de US$ 10 milhões

Gerente da Dock no México enfrenta acusações de fraude em processo relacionado à aquisição da fintech Cacao. A empresa defende que a ação é uma divergência societária sem ligação com suas operações.

Anderson Olivares de Oliveira, gerente-geral da fintech Dock no México, enfrenta um processo por fraude ligado a disputas societárias da Cacao, adquirida pela Dock em 2021. O valor em investigação é de aproximadamente US$ 10 milhões.

Oliveira foi detido em 5 de julho, no Aeroporto Internacional da Cidade do México, após alerta da Procuradoria-Geral da República (FGR). Sua defesa conseguiu uma liminar para que ele respondesse ao processo em liberdade.

A Dock afirmou à imprensa que a ação está relacionada a uma divergência societária e não afeta a operação da empresa. A nota menciona que o executivo foi detido indevidamente, mas já está em liberdade.

A aquisição da Cacao, não revelada oficialmente, é estimada em mais de US$ 50 milhões. Ambas as empresas atuam no setor de banking as a service (BaaS). Antes da compra, a Cacao já havia emitido mais de 4 milhões de cartões.

A Dock enfrentou dificuldades regulatórias, pois a Cacao não tinha autorização para operar. O pedido de licença à Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) foi negado.

Um juiz proibiu a Dock de alterar a composição acionária da Cacao até a conclusão dos processos judiciais, impactando a tentativa da fintech de fazer uma oferta pública inicial (IPO) nos EUA no ano anterior.

No Brasil, a Dock é autorizada pelo Banco Central e se tornou unicórnio em 2022, recebendo US$ 110 milhões em aporte que avaliou a empresa em US$ 1,5 bilhão.

Atualmente, a Dock atua em dez países da América Latina, com mais de 75 milhões de contas ativas e processando mais de 8 bilhões de transações anualmente.

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