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Ex-vice-presidente da Bolívia diz que esquerda perdeu hegemonia no país com disputa entre Arce e Evo

García Linera critica a divisão interna do MAS e a falta de reformas necessárias no contexto atual da Bolívia. Ele destaca a necessidade de um novo ciclo progressista para enfrentar os desafios sociais e econômicos do país.

Álvaro García Linera, ex-vice-presidente da Bolívia, afirma que o MAS (Movimento ao Socialismo) perdeu sua hegemonia em virtude da divisão entre Evo Morales e o atual presidente Luis Arce.

Ele expressa apoio a Morales, reconhecendo que este ultrapassou limites constitucionais para novas candidaturas.

Em entrevista à Folha, durante o lançamento do livro "La Democracia Como Agravio," Linera discute a crise da esquerda latino-americana e suas dificuldades atuais.

Ele critica a democracia liberal como um formato aliado ao neoliberalismo, argumentando que a América Latina está presa a um modelo de livre comércio e social que não atende mais as necessidades contemporâneas.

Linera destaca que a crise econômica do final dos anos 1990 foi fundamental para o surgimento do progressismo na Bolívia, o qual agora enfrenta desafios para se adaptar às novas realidades.

O atual cenário no MAS é caracterizado por uma polarização interna e uma crise econômica, resultando na dinâmica negativa entre Arce e Morales.

A divisão no MAS pode dificultar a vitória em futuras eleições. Linera acredita que a possibilidade de um segundo turno está em jogo, com a citação de possíveis candidatos como Andrónico Rodríguez.

Por fim, Linera, que leciona em universidades, reflete sobre as consequências do descontentamento social e a decaída do nacional-popular na Bolívia.

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