Ex-primeiro-ministro de Israel diz que país está cometendo ‘crimes de guerra’ contra palestinos

Tel-Aviv - O ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou que Israel está “cometendo crimes de guerra” contra os palestinos na Faixa de Gaza.

Em artigo no Haaretz, Olmert informou que milhares de palestinos inocentes, além de soldados israelenses, estão morrendo devido às ações do atual primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu.

Olmert, que governou Israel entre 2006 e 2009 e foi membro do partido Likud, declarou que o governo está “travando uma guerra sem propósito” e que as vítimas palestinas têm atingido “proporções monstruosas”.

Desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, cerca de 50 mil palestinos morreram, segundo o ministério da Saúde de Gaza. O conflito começou após ataques do Hamas, que resultaram em 1,2 mil mortos e 250 sequestrados em Israel.

Olmert criticou a guerra como um “conflito político privado”, admitindo que não pode mais defender as ações em Gaza. Ele descreveu a situação como “matança indiscriminada” de civis, resultado de uma política governamental “irresponsável”.

As declarações de Olmert foram criticadas por membros do governo e surgiram após a aprovação de um plano para ocupar 75% da Faixa de Gaza e destruir sua infraestrutura.

• Os civis seriam realocados em uma “zona humanitária” em Rafah.
• Palestinos teriam que concordar com uma “saída voluntária” para outro país.

O plano foi inspirado em uma ideia de Donald Trump sobre a saída dos palestinos para reconstruir a região, mas foi rejeitado por países árabes e ocidentais.

A deportação forçada de civis é considerada uma violação do direito internacional e um crime de guerra, segundo especialistas.

Relatos indicam que EUA e Israel estão contatando governos do leste da África sobre o possível “reassentamento de palestinos” retirados da Faixa de Gaza.