Ex-presidente sul-coreano volta à prisão após nova ordem judicial
Ex-presidente sul-coreano é reincarcerado em cela solitária após novo mandado de detenção por insurreição ligado à tentativa de lei marcial. Investigação em curso revela possíveis abusos de poder e obstrução da justiça durante seu mandato.
Ex-presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol foi novamente colocado em uma cela solitária nesta quinta-feira (10) após a aprovação de um novo mandado de detenção por parte do Tribunal Distrital Central de Seul.
A medida está relacionada à tentativa de impor lei marcial no ano passado, que pode ser considerada obstrução da justiça e abuso de poder.
A decisão do tribunal se deu devido a preocupações de que Yoon pudesse destruir provas. Ele já havia passado 52 dias em prisão antes de ser libertado há quatro meses.
O ex-presidente viveu recentemente com sua esposa e 11 animais de estimação em um apartamento de luxo em Seul, avaliado em 7,5 bilhões de wons (U$ 5,47 milhões).
Agora, será alojado em uma cela de 10 metros quadrados, utilizando um uniforme cáqui e dormindo em um colchão dobrável, com condições básicas.
Yoon enfrenta acusações de insurreição, que podem resultar em prisão perpétua ou morte. O tribunal realizou uma audiência enquanto ele não compareceu, alegando problemas de saúde.
O Tribunal Constitucional destituiu Yoon em abril devido ao seu impeachment, que gerou turbulência política na Coreia do Sul.
A equipe de promotoria especial está investigando alegações sobre sua gestão, incluindo se ele inflamou tensões com a Coreia do Norte intencionalmente.
Planejam interrogar Yoon na sexta-feira (12) e informaram sua esposa sobre sua detenção por cartas.
O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, afirmou que a detenção de Yoon é essencial para esclarecer a crise da lei marcial e restaurar a democracia.
Yoon, que compareceu à audiência na quarta-feira com um terno azul-marinho, não respondeu perguntas e seus advogados negam as alegações.
Mais de mil apoiadores se reuniram em frente ao tribunal em um clima de 35 graus Celsius, demonstrando apoio a Yoon.
Os promotores indicaram que Yoon representa um risco de fuga.