Ex-presidente do INSS nega omissão em descontos e diz que seguiu decisão do TCU
Alessandro Stefanutto se defende das acusações de irregularidades no INSS, afirmando que suas ações foram corretas e motivadas por interpretações legais. Ele destaca ações proativas de combate à fraude e a complexidade no gerenciamento de benefícios em uma autarquia tão grande.
Ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, se defendeu em entrevista sobre acusações da Polícia Federal e da CGU relacionadas a descontos não autorizados em benefícios.
Stefanutto, demitido após investigação, afirmou que não houve omissão em avisos e que medidas, como a implantação da biometria, foram tomadas. Defendeu o desbloqueio de descontos feito em cerca de 34 mil pensões e aposentadorias da Contag, alegando que seguia acórdão do TCU sobre a possibilidade de tal ação.
Em sua defesa, ele confessou não ter conhecimento de que servidores da cúpula do INSS estivessem se beneficiando do esquema. Durante a entrevista, Stefanutto manifestou emoção, negando ter recebido benefícios e assegurando sua inocência.
Ele mencionou o constrangimento político após receber a notícia do afastamento pedido pela PF. Afirmou que, na rotina do INSS, decisões precisam considerar situações que não se adequam aos normativos. A prioridade, segundo ele, é o cuidado com os segurados e requerentes.
A biometria teve um efeito positivo, reduzindo queixas. Stefanutto reconheceu que a lentidão em processos é uma característica do INSS, uma vez que atinge 60 milhões de segurados.
Sobre as denúncias e operações envolvendo o INSS, ele defendeu suas decisões, afirmando que elas foram feitas em conformidade com normas vigentes e visaram o interesse público. “Nenhum ato foi motivado por benefício pessoal”, reiterou.
Stefanutto, que ocupava o cargo desde julho de 2023, ressaltou que estava atento a qualquer irregularidade, e a investigação sobre os servidores da cúpula ainda estava em andamento. Ele se mostrou confiante em provar sua correção nas ações enquanto estava à frente do INSS.