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Ex-presidente do INSS atuou para descontos em benefícios continuarem mesmo após alertas, afirma PF

Polícia Federal investiga irregularidades no INSS após afastamento de presidentes envolvidos em descontos indevidos. A operação “Sem Desconto” apura implicações que resultaram em perdas de bilhões para beneficiários.

Relatório da Polícia Federal (PF) revela que Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), buscou uma “solução transitória” para permitir descontos em aposentadorias e pensões, mesmo após alertas sobre irregularidades.

A decisão, que resultou no afastamento de Stefanutto e outros dirigentes, foi assinada pelo juiz Frederico Botelho de Barros Viana e divulgada nesta segunda-feira (28).

Após determinação de que descontos deveriam ser formalizados, Stefanutto notificou a Dataprev de que não haveria novos descontos de mensalidades associativas na folha de pagamento.

Em comunicado, o INSS anunciou que acionaria a PF para investigar as irregularidades. Stefanutto declarou que agiraria rigorosamente contra fraudes.

No entanto, a PF constatou que, apesar das medidas para aumentar o controle, a direção do INSS autorizou exceções indevidas, sem respaldo normativo, atendendo principalmente a entidades associativas.

Foram também afastados Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador de Suporte ao Cliente, e Jucimar Fonseca da Silva, coordenador de Pagamentos e Benefícios, envolvidos na continuidade dos descontos indevidos.

A operação “Sem Desconto” foi deflagrada na última quarta-feira (23), com mais de 200 mandados de busca em 13 Estados e no Distrito Federal. No total, 11 entidades estão sob investigação, com descontos que totalizam R$ 6,3 bilhões entre 2019-2024.

O Valor ainda tenta contato com a defesa dos mencionados.

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