Ex-presidente Cristina Kirchner cumprirá prisão domiciliar e terá de usar tornozeleira eletrônica
Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, é condenada a seis anos de prisão por corrupção e terá que cumprir a pena em regime domiciliar. A decisão da Suprema Corte encerra as oportunidades de apelação e impede sua candidatura a cargos públicos.
A ex-presidente argentina, Cristina Kirchner, poderá cumprir prisão domiciliar em seu apartamento em Buenos Aires, com uso de tornozeleira eletrônica.
Kirchner, que governou de 2009 a 2015, teve sua condenação confirmada pela Suprema Corte, com pena de seis anos de detenção e proibição de cargos públicos por casos de corrupção em obras.
Ela, também conhecida como a principal liderança de esquerda no país, anunciou que concorreria a uma vaga na Assembleia Provincial de Buenos Aires nas eleições de 7 de setembro, buscando imunidade judicial se eleita.
Durante seu mandato como presidente (2007-2015), Kirchner foi a primeira mulher a governar a Argentina. Após seu mandato, foi vice-presidente (2019-2023) no governo de Alberto Fernández.
Processo Judicial:
- Acusações de desvio de dinheiro surgiram em 2007 por Elisa Carrió.
- A investigação começou efetivamente em 2016, após Cristina deixar a presidência.
- O julgamento teve início em maio de 2019, enquanto ela se tornava vice-presidente.
- Em agosto de 2022, o Ministério Público pediu 12 anos de prisão e inelegibilidade.
- Condenada em dezembro de 2022, a pena foi confirmada em segunda instância em novembro de 2024 pela Suprema Corte.
Kirchner é a segunda presidente condenada na democracia argentina, após Carlos Menem.