Ex-ministros de Bolsonaro negam teor golpista em reunião ministerial
Ex-ministros afirmam que Bolsonaro não discutiu ruptura democrática em reunião de julho de 2022. Depoimentos ocorrem no contexto da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado.
Depoimento no STF: Ex-ministros de Jair Bolsonaro negaram discussão sobre “ruptura democrática” em reunião ministerial de julho de 2022.
Na 5ª feira (29.mai.2025), Adolfo Sachsida, Bruno Bianco e Wagner Rosário depuseram como testemunhas de Anderson Torres, réu na ação por tentativa de golpe de Estado. Eles afirmaram que Bolsonaro abordou o tema das eleições de forma genérica.
A reunião de 5 de julho de 2022 é central para a operação Tempus Veritatis, que originou a ação penal. Em depoimento, descreve-se que Bolsonaro teria orientado ministros a proclamarem a teoria da fraude nas eleições. Ele advertiu: “Se não tiver argumento para me devolver, não vou querer papo com esse ministro.
Sachsida disse não lembrar de discussões sobre golpe, enquanto Bianco revelou que foi convocado para tratar de condutas vedadas durante as eleições, sem ouvir debates sobre ruptura. Rosário comentou sobre o processo eleitoral e questionou fragilidades no sistema, visando aprimoramentos.
A 1ª Turma do STF iniciou depoimentos em 19 de maio e ouviu testemunhas de Torres. A defesa de Torres desistiu de ouvir Paulo Guedes, Celio Faria e Adler Cruz e Alves nesta audiência. Os depoimentos de Torres prosseguirão na 6ª feira (30.mai) e devem ser finalizados até 2 de junho, com audiência de testemunhas indicadas por Bolsonaro e outros réus.