Ex-ministro nega ter pedido passaporte para Cid e alega que último contato com o delator foi em 2022
Gilson Machado é acusado de tentar facilitar a fuga de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Em depoimento à PF, ele nega as acusações e afirma que seu único contato com o consulado português foi para ajudar seu pai.
Ex-ministro do Turismo Gilson Machado negou, em depoimento à Polícia Federal, ter auxiliado o tenente-coronel Mauro Cid em um plano de fuga do Brasil.
Gilson Machado foi preso preventivamente nesta sexta-feira, 13. A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeita que ele tenha buscado um passaporte português para Mauro Cid.
No depoimento, Machado afirmou que “nunca procurou qualquer pessoa em qualquer consulado ou embaixada de Portugal”. Explicou que contatou o consulado apenas para ajudar seu pai, Carlos Eduardo Machado Guimarães, de 85 anos, a renovar o passaporte.
Esse contato foi feito por telefone, inicialmente com o cônsul e depois com uma funcionária do consulado, resultando na expedição do passaporte do pai.
Machado também declarou à PF que não tem contato com Mauro Cid desde 2022 e não se lembra da última conversa, que ocorreu logo após as eleições, quando trabalharam juntos em um discurso.
Ele supõe que a falta de contato se deu porque Mauro Cid trocou de telefone e está sob restrições.
A prisão de Gilson Machado foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PGR.