Ex-ministro da Defesa nega ter sofrido pressão de Bolsonaro para alterar relatório sobre urnas em 2022
Nogueira afirma que não houve pressão de Bolsonaro quanto ao relatório eleitoral e admite erros na comunicação sobre o levantamento. O ex-ministro e o ex-presidente pedem desculpas por declarações feitas durante os interrogatórios no STF.
Ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira depôs no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o processo eleitoral de 2022.
Ele afirmou que Jair Bolsonaro não o pressionou a alterar o relatório das Forças Armadas.
Nogueira declarou que o documento foi enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sem modificações.
O relatório tinha como objetivo fiscalizar o processo eleitoral, não identificar fraudes, segundo o ex-ministro.
Bolsonaro, em audiência anterior, reconheceu discussões sobre "hipóteses constitucionais", mas negou ter planejado um golpe de Estado.
Nogueira admitiu ter usado "termos inadequados" em nota sobre a possibilidade de fraudes. Ele se desculpou pelo ocorrido.
O interrogatório de Nogueira é parte de uma ação que também envolve mais seis réus, incluindo Mauro Cid e o ex-ministro Augusto Heleno.
Após Nogueira, resta o depoimento de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, em relação à eleição de 2022.
Bolsonaro também se desculpou por afirmações sobre pagamentos a ministros do STF para fraudar as eleições, alegando que foram apenas retóricas sem evidências.