Ex-funcionários do INSS receberam mais de R$ 17 mi de intermediários
Investigação revela que ex-funcionários do INSS desviaram milhões em fraudes contra beneficiários. Rede criminosa, liderada por um empresário, operacionalizava descontos indevidos nas aposentadorias.
PF identifica fraudes de ex-funcionários do INSS
A Polícia Federal (PF) descobriu que 3 ex-funcionários do INSS receberam mais de R$ 17 milhões de intermediários vinculados a associações suspeitas de fraudes contra aposentados.
Os ex-funcionários venderam dados dos beneficiários em troca de propina e facilitaram descontos indevidos nos contracheques. Os valores foram repassados por meio de empresas em nome de familiares, sem justificativa.
A investigação faz parte da operação Sem Desconto, iniciada em 23 de abril de 2025.
A PF encontrou uma rede de pessoas físicas e jurídicas envolvidas na distribuição de recursos desviados. O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, é apontado como o operador central do esquema.
Antunes, dono de diversas empresas, incluindo uma offshore, e seus associados receberam R$ 53,5 milhões de fontes suspeitas.
- Virgílio Antônio: R$ 11,9 milhões via empresas da esposa e irmã.
- André Paulo Félix Fidélis: R$ 5,1 milhões por meio de empresas do filho e nora.
- Alexandre Guimarães: R$ 313 mil.
A investigação também revelou a transferência de um Porsche Taycan 2022 para a esposa de Virgílio.
A PF afirmou que houve conluio para dar aparência de legalidade aos pagamentos, alimentados por dinheiro de descontos indevidos.
A operação auditou 29 entidades com ACOs (Acordos de Cooperação Técnica) e ouviu 1.300 beneficiários. A maioria não autorizou os descontos aplicados e as entidades não possuíam a estrutura necessária para os serviços.