Ex-diretora da Meta acusa Mark Zuckerberg de espionar usuários e colaborar com o governo da China
Diplomata denuncia colaboração da Meta com o governo chinês em audiência no Senado dos EUA. Sarah Wynn-Williams afirma que empresa forneceu ferramentas de censura e dados de usuários para Pequim.
Diplomata neozelandeza Sarah Wynn-Williams, ex-diretora de Políticas Públicas Globais da Meta, testemunhou hoje no Senado dos EUA sobre a colaboração entre a empresa e o governo da China.
Em audiência pública, ela alegou que a Meta desenvolveu ferramentas de censura usadas contra críticos do governo chinês e forneceu dados de usuários para o país.
Williams também acusou a empresa de ter ajudado o governo chinês no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial e afirmou que o código da IA Llama foi fornecido ao Partido Comunista.
Sobre a presença da Meta na China, a diplomata alegou que Mark Zuckerberg e outros executivos mentiram, já que a empresa atua no país há pelo menos uma década, apesar do banimento de suas redes sociais.
Ela declarou: "Diretores da Meta traíram valores americanos para criar uma relação com Pequim e um império de 18 bilhões de dólares".
Williams também denunciou uma ferramenta de controle viral, usada pelo governo chinês para censurar publicações, afetando perfis em Hong Kong e Taiwan.
Recentemente, Sarah lançou o livro "Careless people", que expõe comportamentos inapropriados de executivos da Meta. A empresa entrou com um processo para barrar a publicação, mas a editora continua a distribuí-la.
A Meta respondeu ao depoimento dizendo que é "dissociado da realidade" e que não opera na China atualmente, embora Zuckerberg tenha interesse em entrar no mercado chinês.