Ex-diretor da PRF nega ter determinado operação para barrar eleitores
Silvinei Vasques afirma que ações da PRF no Nordeste visavam prevenir crimes eleitorais. O ex-diretor nega qualquer ilegalidade em sua atuação durante as eleições de 2022, prestando esclarecimentos em audiência judicial.
Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, negou ter ordenado blitzes ilegais no Nordeste durante as eleições de 2022 para impedir o deslocamento de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva.
Vasques é réu no núcleo 2 da ação penal sobre uma suposta trama golpista. Ele foi interrogado pelo juiz Rafael Tamai, magistrado auxiliar do STF.
Investigações indicam que ordens ilegais teriam sido dadas para dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022.
Durante a audiência, Vasques afirmou que o objetivo das operações era evitar crimes eleitorais, não houve ordens ilegais do ex-ministro Anderson Torres, que também é réu.
A ação penal avança e o julgamento dos acusados do núcleo 2 deve ocorrer no segundo semestre deste ano.
A denúncia foi dividida em quatro núcleos. O primeiro, com ex-presidente Jair Bolsonaro, foi interrogado no mês passado e já está na fase final.
Durante o segundo turno, a quantidade de policiais da PRF no Nordeste foi superior a outras regiões: 795 no Nordeste, comparado a 230 no Norte e 381 no Centro-Oeste, por exemplo.
No dia 30 de outubro, foram parados 2.185 ônibus no Nordeste, o que supera as outras regiões.
Fonte: Agência Brasil