Ex-diretor cobra R$ 15 milhões do Itaú; banco o acusa de fraude
Ex-diretor do Itaú, Alexandro Broedel, busca na Justiça R$ 15,4 milhões em bônus não pagos, enquanto o banco o acusa de conflito de interesse e fraude. As disputas judiciais refletem tensões sobre a ética da gestão e o cumprimento das políticas internas do Itaú.
Alexandro Broedel, ex-diretor financeiro do Itaú, cobra R$ 15,4 milhões do banco por remuneração "devida e não paga".
As informações são do portal Metrópoles e referem-se a um processo público desde o final de 2024, onde
Broedel é acusado de conflito de interesse e fraude.
O Itaú alega que Broedel se beneficiou de uma consultoria em sociedade com Eliseu Martins, professor da USP.
O banco também cobra R$ 10 milhões de Broedel e Martins por pagamentos irregulares a especialistas de contabilidade.
A defesa de Broedel nega as acusações, afirmando que as ações foram movidas por “despeito” após sua tentativa de transferência para o Santander.
A remuneração de Broedel, de R$ 15,4 milhões, refere-se a bônus de períodos efetivamente trabalhados e inclui valores devidos antes de sua saída em julho de 2024.
Os bônus eram pagos 30% em dinheiro e 70% em ações preferenciais, diluídos em pelo menos três anos.
A defesa afirma que Broedel cumpriu todas as exigências para desligamento, contestando as acusações
e argumentando que sua relação com Martins era benéfica ao Itaú.
Broedel alega que o Banco quebrou seu sigilo bancário e pressionou Martins para um acordo, envolvendo seus filhos em processos criminais.
O Itaú, por outro lado, afirma que a ação judicial é baseada em fatos comprovados e que não tinha conhecimento da sociedade entre Broedel e Martins, enfatizando sua política de ética e compliance.