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Ex-comandante da Aeronáutica diz que houve ‘brainstorming’ para discutir prisão de Moraes

Ex-comandante da Aeronáutica revela planos discutidos para prender autoridades durante reuniões em novembro. Depoimento no STF inclui ameaças de prisão contra Bolsonaro e a participação de altos oficiais no suposto golpe.

BRASÍLIA – O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, depôs no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre reuniões que ocorreram entre 1.º e 14 de novembro, no Palácio da Alvorada.

Nessas reuniões, com a presença do então presidente Jair Bolsonaro e dos chefes das Forças Armadas, ele relatou um “brainstorming” sobre a possível prisão de autoridades.

Entre as discussões, surgiu a possibilidade de prender Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Baptista Junior afirmou: “Isso era no ‘brainstorming’ das reuniões... havia essa cogitação de prender o ministro.” Ele não citou o interlocutor específico.

A testemunha foi ouvida no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Bolsonaro e aliados, sob questionamento do chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, e outros advogados.

Durante o depoimento, Baptista Junior também confirmou que, em novembro de 2022, o ex-chefe do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, ameaçou prender Bolsonaro caso ele tentasse decretar a garantia da lei e da Ordem (GLO) para impedir a posse de Lula.

Além disso, afirmou que o almirante Almir Garnier apoiou a ruptura democrática e ofereceu tropas da Marinha para o plano golpista.

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